TECLADO
Quando compramos um computador, a última coisa que notamos é o teclado.
Apesar de ser uma peça muito importante, não só porque é através dela que
interagimos com a máquina na maior parte do tempo, a maioria dos usuários não
dá a devida atenção ao periférico e, na pior das hipóteses, acaba tendo
problemas e precisando comprar outro, ou mesmo o uso incorreto acaba
acarretando problemas de saúde.
PARA QUE SERVE?
“Dã! Pra digitar né!” Essa resposta passou pela sua cabeça? Pois bem, a
função do teclado é óbvia para a maioria dos usuários, mas digitar texto não é
a única tarefa que o teclado pode executar. Suas teclas podem capturar imagens,
serem usadas para navegar na internet ou trabalhar com as janelas, no caso de
um problema com o mouse, executar comandos em jogos, etc. A resposta certa para
a pergunta do subtítulo é: “o teclado
serve como um dispositivo de entrada, isto é, para o envio de dados pelo
usuário, que serão interpretados pelo computador e mostrados na tela”.
COMO FUNCIONA?
Existem diferentes tipos de teclado, cada um com funcionamento interno
diferente. Por isso, mostraremos somente como os teclados comuns trabalham e
daremos algumas curiosidades sobre os demais. Apesar do que muitos pensam o
teclado não é um periférico simples, nem burro. Ele possui um microprocessador
em seu interior, que interpreta a forma como as teclas são pressionadas. É o
chip do teclado que interpreta que quando você apertar a tecla “O” seja
impressa na tela a letra correspondente; da mesma forma, ele precisa entender a
diferença entre “O” e a combinação “CTRL + O” (que no Word abre um novo arquivo).
É possível que você já tenha visto um teclado aberto — se não viu,
recomenda-se que você NÃO abra o seu, pois seria como desmontar um relógio
antigo: na hora de remontar, sobrarão peças e ele não funcionará como deveria.
Você poderia pensar que um teclado de computador tem funcionamento semelhante
ao das teclas numéricas de um celular, mas há uma grande diferença, pois o
telefone não é capaz de interpretar combinações de teclas (os celulares top de
linha já podem).
Dentro da parte plástica do seu teclado, existem “folhas” como as da
imagem acima. O conjunto destas folhas é chamado de “matriz do teclado”.
Dependendo do modelo, pode haver mais de duas, mas elas sempre terão aparência
semelhante às folhas da imagem. Alguns fabricantes colocam uma peça de metal
entre as folhas para separá-las e evitar contado entre os circuitos de cada
uma, outras empresas utilizam outros materiais, e até o mesmo utilizado para as
folhas que contêm os circuitos.
Quando você pressiona uma tecla, uma pequena corrente elétrica passa
pelo circuito que está logo abaixo. O processador do teclado percebe o acontecido,
verifica a posição do circuito em sua matriz e a letra ou comando
correspondente, que consta em sua memória. Por exemplo, se você apertar a tecla
que possui a bandeira do Windows, o chip perceberá que circulou energia no
local e enviará para o PC o comando correspondente, que é a de abrir o Menu Iniciar. Ou seja, assim como
qualquer equipamento eletrônico, o teclado interpreta impulsos elétricos e suas
interrupções para gerar comandos ou caracteres na tela do seu monitor.
PADRÕES DE TECLADO
- Layout: Você tem idéia do motivo que levou os fabricantes de teclado a colocarem as teclas na posição que conhecemos hoje? Por que será que a primeira letra é o Q, seguida pelo W, depois o E, até chegar à última, que é o M? A resposta é simples: este padrão — que é chamado de QWERTY justamente por serem as seis primeiras letras da seqüência — foi adotado porque já era utilizado pelas máquinas de escrever. O que foi feito foi simplesmente adaptar o padrão ao teclado dos computadores. Entretanto, existem diversos outros tipos de disposição de teclas.
As máquinas de escrever
trabalhavam com “martelos” de metal, que batiam no papel para imprimir as
letras. Sabendo quais teclas eram mais usadas, elas foram dispostas de tal
maneira que os pequenos martelos não acabassem batendo um no outro ou travando
em algum lugar no percurso do repouso até o papel, devido à velocidade com que
as teclas eram pressionadas. Assim, o padrão QWERTY foi adotado porque ele
tornava a datilografia mais lenta (estranho, não?) e, com o surgimento do
computador, foi também transportado para os teclados modernos, facilitando
assim a adaptação dos usuários.
Apesar de o padrão QWERTY ser o
mais utilizado, ele não é o melhor. Na verdade ele é extremamente
desconfortável se comparado a outros, pois exige um excesso de movimento dos
dedos para ser usado. Existem outros padrões como o XPERT, que podem ser
alternativas melhores, mais confortáveis e que talvez até aumentem a velocidade
com que o usuário digita. Outro padrão é o Dvorak (que leva esse nome por causa
de seu inventor). Projetado por August Dvorak, em 1920, esse tipo de disposição
de teclas foi idealizado para facilitar a digitação, pois mantém as vogais em
um lado e as consoantes em outro.
O teclado Dvorak é até recomendado para quem digita em inglês, pois ele
faz com que o usuário precise mexer menos as mãos e, por conseqüência, se
esforce muito menos para digitar. Além disso, existem dois outros padrões
criados para quem precisa digitar utilizando somente uma mão (um padrão para a
mão esquerda e um para a direita).
- Conexão: A maioria esmagadora dos teclados que acompanhavam os computadores na década de 1990 utilizava o conector “DIN”. Com o tempo, os fabricantes começaram a lançar teclados que utilizavam o conector “mini-DIN” (ou PS/2), e foram inicialmente produzidos pela IBM e acabaram se tornando o padrão usado até hoje. Com a evolução do equipamento, adição de teclas multimídia e comandos adicionais, os novos teclados já estão sendo fabricados com um conector USB, que torna ainda mais fácil a conexão, devido à grande aceitação do padrão em todo o mundo. Porém, a maioria dos computadores ainda vem com as entradas PS/2 tanto para mouse quanto para teclado, mas elas devem cair em desuso em pouco tempo.
TECLADOS LEGAIS
Veja agora alguns teclados que
podem fazer você ficar horas admirando uma vitrine. Alguns têm a proposta de
melhorar a ergonomia, outros de facilitar e melhorar a interação do usuário com
o PC.
A Econo-Keys é uma fabricante
norte-americana de teclados fora do comum. Eles costumam sempre ter funções
extras se comparados aos teclados normais. O modelo EK-76-TP é um prático teclado, feito de borracha, com conexão USB e
compatível com Windows e Linux. Você deve ter notado pela foto que no verso do
periférico ainda há um mouse no estilo touchpad.
Quem precisa de praticidade vai querer ter um.
O teclado abaixo parece bizarro, mas faz os olhos
de muitos gamers e artistas gráficos brilharem, pois suas teclas são totalmente
configuráveis não só na função das teclas, mas na posição em que ocupam. Você
pode literalmente colocar as teclas onde quiser e atribuir qualquer função a
elas.
Seus amigos olham você digitando e o chamam de
“dedógrafo”? Que tal usar um teclado que possua teclas em ordem alfabética, ao
invés do padrão QWERTY? Pois um fabricante de periféricos pensou em você e
lançou o Hunt n’ Peck, um teclado
que pode ser usado de ambas as formas: no padrão normal, ou com as letras em
ordem alfabética, para que você não tenha tanta dificuldade na hora de digitar.
É possível utilizar uma tecla de função para alternar entre o padrão normal e o
destinado a dedógrafos.
A Apple é a
campeã quando falamos em design de computadores e periféricos. Usuários de MAC
podem ter um teclado com um design minimalista, mas extremamente confortável.
Ele possui opções com ou sem fio (USB ou Bluetooth) e está disponível no
Brasil. Usuários de PC e Windows chorem à vontade, pois esse modelo não existe
para máquinas que não sejam MACs.
O nome do teclado
abaixo é parecido com o de um Transformer, e não é à toa. O Optimus Maximus é um teclado
aparentemente normal, mas olhando mais de perto, você poderá perceber que ele é
totalmente personalizável, além de ser lindo. Suas teclas possuem OLEDs
(pequenas luzes) que acendem com as letras que representam. Mas não fica por
aí, pois as teclas podem ser configuradas para mostrarem símbolos de
ferramentas, comandos, programas ou mesmo imagens feitas por você.
Será que, em português, poderíamos
ter um teclado que atendesse melhor as nossas necessidades e causasse menos
dores nas mãos de quem utiliza o equipamento por longas horas seguidas?









Nenhum comentário:
Postar um comentário